Monday, May 04, 2009

Fotos da Virada Cultural

FOTOS: Ricardo Andrade








































































































Música, artes, vandalismo e lixo marcam a Virada Cultural

A Virada Cultural em São Paulo começou às 18 horas do sábado e terminou 24 horas depois, ininterruptas. Foram centenas de artistas que se apresentaram por vários lugares na cidade, era visível que este ano havia um público superior em comparação a 2008.

Dentre tantos cantores, Maria Rita acaba fechando o evento com um de seu mais recente álbum "Samba Meu" no palco montado na avenida São João, na região central da capital.
Antes da Maria Rita, teve o som dos Novos Baianos. Sem Moraes Moreira, Baby do Brasil, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão, Pepeu Gomes, Dadi Carvalho, Jorginho e Didi Gomes celebraram no palco os 40 anos de existência do grupo.

Quanto à sinalização, haviam postes com mapas espalhados pelo centro, e também, mapas detalhados e guias impressos. A segurança contou por 2.500 policiais, mesmo assim houve muitos casos de furtos.

Luiza Monteiro, 24 anos (foto ao lado direito), veio de caravana pela universidade UFMG de Belo Horizonte comenta, “O policiamento está ‘massa’. O site da virada cultural não é legal, o que faltou esse ano foi divulgação". Pessoas com deficiência física puderam assistir aos shows da cantora Maria Rita, havia dezenas de cadeirantes na primeira fileira.
Porém para alguns participantes da Virada, o acesso aos cadeirantes deixou a desejar. Para Cibele Bolare, 25 anos (centro da foto) que participava de eventos na Av. São João, “Não tem assistência a cadeirantes, eu vi um monte de cadeirantes nas ruas e não podiam parar porque não tinha acesso”, reclama. Segundo a estudante a desorganização e vandalismo por parte de grupos isolados também foram marcantes. Indignada diz, “Empurraram o banheiro químico com um homem dentro, aqui perto da galeria do rock”. Houve muitos casos de brigas (fotos abaixo, Praça da República).




Para esquentar os ânimos dos participantes, ambulantes preenchiam espaços pelo centro da cidade. José Adbel, 30 anos (lado esquerdo da foto), vendedor ambulante, comercializava vinho e Caipirinha. “Tenho vinho que tem 9% de álcool, custa R$ 5,00 e também cachaça com 23% de álcool custando R$ 3,00, por isso a cachaça vende mais”, comenta ele.

A estudante Bárbara Fonseca, 23 anos (foto) veio de Minas Gerais participar da Virada, diz, "A galera fica empurrando, o povo quer ver várias coisas e fica um empurra-empurra". Mesmo com tanto empurra-empurra, outras pessoas só viam pontos positivos na Virada Cultural, é o que acha Rodrigo Marcos de 26 anos (foto), “o melhor é a diversidade cultural. Todo mundo ta aqui, tem gente se divertindo”.
Manfredo Koyla, 40 anos, havia acabado de participar do show Camisa de Vênus comenta, “falta um pouco de organização antecipada e de horários”. O público veio de todas as partes do Brasil, Clau Seine, 17, Kátia Pereira, 25 e José Maria de 19 anos, vieram em uma caravana de Brasília com 110 pessoas para se divertirem na Virada Cultural. “É a primeira vez que venho a Virada e estou amando”, diz Clau Seine.




Um problema muito grave na Virada Cultural foi o excesso de lixo espalhados pelo centro da cidade. Os banheiros tiveram número insuficiente. Na manhã deste domingo, o público teve que enfrentar banheiros imundos e as ruas tomadas por um forte cheiro de urina. Comerciantes aproveitaram para "alugar" os seus banheiros e cobravam de R$ 0,50 a R$ 2,00.
Pelo menos 4 milhões de pessoas foram ao centro da cidade prestigiar as cerca de 800 atrações oferecidas pelo evento segundo organizadores e o prefeito Gilberto Kassab. Uma entrevista realizada pelo Ricardo Andrade, estudante de jornalismo da UNIP com cem pessoas no centro da cidade em vários pontos estratégicos levantou a satisfação por meio de notas atribuídas de zero a dez. Desses entrevistados, a maioria deu notas sete e oito, a média geral ficou em torno de 6,9. A maioria considerou o evento bom, porém, 95 pessoas acreditam que a Virada do ano anterior estava melhor e foi mais organizada.

Veja essa matéria também em:
http://www.radarcultura.com.br/node/33849

TEXTO E FOTOS: Ricardo Andrade