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Monday, May 04, 2009
Música, artes, vandalismo e lixo marcam a Virada Cultural
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A Virada Cultural em São Paulo começou às 18 horas do sábado e terminou 24 horas depois, ininterruptas. Foram centenas de artistas que se apresentaram por vários lugares na cidade, era visível que este ano havia um público superior em comparação a 2008.Dentre tantos cantores, Maria Rita acaba fechando o evento com um de seu mais recente álbum "Samba Meu" no palco montado na avenida São João, na região central da capital.
Antes da Maria Rita, teve o som dos Novos Baianos. Sem Moraes Moreira, Baby do Brasil, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão, Pepeu Gomes, Dadi Carvalho, Jorginho e Didi Gomes celebraram no palco os 40 anos de existência do grupo.
Quanto à sinalização, haviam postes com mapas espalhados pelo centro, e também, mapas detalhados e guias impressos. A segurança contou por 2.500 policiais, mesmo assim houve muitos casos de furtos.
pela universidade UFMG de Belo Horizonte comenta, “O policiamento está ‘massa’. O site da virada cultural não é legal, o que faltou esse ano foi divulgação". Pessoas com deficiência física puderam assistir aos shows da cantora Maria Rita, havia dezenas de cadeirantes na primeira fileira.
Cibele Bolare, 25 anos (centro da foto) que participava de eventos na Av. São João, “Não tem assistência a cadeirantes, eu vi um monte de cadeirantes nas ruas e não podiam parar porque não tinha acesso”, reclama. Segundo a estudante a desorganização e vandalismo por parte de grupos isolados também foram marcantes. Indignada diz, “Empurraram o banheiro químico com um homem dentro, aqui perto da galeria do rock”. Houve muitos casos de brigas (fotos abaixo, Praça da República)..jpg)
Para esquentar os ânimos dos participantes, ambulantes
preenchiam espaços pelo centro da cidade. José Adbel, 30 anos (lado esquerdo da foto), vendedor ambulante, comercializava vinho e Caipirinha. “Tenho vinho que tem 9% de álcool, custa R$ 5,00 e também cachaça com 23% de álcool custando R$ 3,00, por isso a cachaça vende mais”, comenta ele.
A estudante Bárbara Fonseca, 23 anos (foto) veio de Minas Gerais participar da Virada, diz, "A galera fica empurrando, o povo quer ver várias coisas e fica um empurra-empurra". Mesmo com tanto empurra-empurra, outras pessoas s
ó viam pontos positivos na Virada Cultural, é o que acha Rodrigo Marcos de 26 anos (foto), “o melhor é a diversidade cultural. Todo mundo ta aqui, tem gente se divertindo”.
Manfredo Koyla, 40 anos, havia acabado de participar do show Camisa de Vênus comenta, “falta um pouco de organização antecipada e de horários”. O público veio de todas as partes do Brasil, Clau Seine, 17, Kátia Pereira, 25 e José Maria de 19 anos, vieram em uma caravana de Brasília com 110 pessoas para se divertirem na Virada Cultural. “É a primeira vez que venho a Virada e estou amando”, diz Clau Seine. .jpg)
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Um problema muito grave na Virada Cultural foi o excesso de lixo espalhados pelo centro da cidade. Os banheiros tiveram número insuficiente. Na manhã deste domingo, o público teve que enfrentar banheiros imundos e as ruas tomadas por um forte cheiro de urina. Comerciantes aproveitaram para "alugar" os seus banheiros e cobravam de R$ 0,50 a R$ 2,00.
Pelo menos 4 milhões de pessoas foram ao centro da cidade prestigiar as cerca de 800 atrações oferecidas pelo evento segundo organizadores e o prefeito Gilberto Kassab. Uma entrevista realizada pelo Ricardo Andrade, estudante de jornalismo da UNIP com cem pessoas no centro da cidade em vários pontos estratégicos levantou a satisfação por meio de notas atribuídas de zero a dez. Desses entrevistados, a maioria deu notas sete e oito, a média geral ficou em torno de 6,9. A maioria considerou o evento bom, porém, 95 pessoas acreditam que a Virada do ano anterior estava melhor e foi mais organizada.
Veja essa matéria também em:
http://www.radarcultura.com.br/node/33849
TEXTO E FOTOS: Ricardo Andrade
Saturday, November 15, 2008
Universal e Rede Record preparam-se para separação em 2010
Por enquanto, os programas e cultos evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) estão restritos às madrugas na grade de programação da Rede Record. Mas isso já não deve mais acontecer no ano de 2010, quando a emissora pretende separar definitivamente a igreja do canal de TV. Reportagem do Meio&Mensagem dá conta de que a estratégia partiu do presidente da ordem religiosa e principal acionista da Record, Edir Macedo. O objetivo é mostrar ao mercado e ao público que a Iurd é apenas um dos anunciantes da casa e não proprietária dela.
O vice-presidente comercial da emissora, Walter Zagari, disse que o projeto de eliminar o conteúdo evangélico ainda está na fase inicial e a direção não tomou nenhuma posição definitiva sobre o assunto.
Zagari explicou que, quando o afastamento ocorrer, o investimento da Universal na Record poderá ser aplicado para ampliar suas instalações ou até comercializar novos espaços, em outras redes. Para ele, essa separação provaria que as receitas e os negócios da emissora e da Iurd não estão atrelados.
“Considero que 99% das pessoas do mercado já entendem não existir nenhuma relação empresarial entre a igreja e a televisão. O 1% que sobra são os mais radicais, que não conseguem enxergar a realidade como ela é”, disse.
O conteúdo evangélico é exibido, diariamente, na faixa entre 1h e 6h15min.
Segundo a assessoria da Record, a emissora desconhece qualquer comentário neste sentido, mas afirma que o contrato de locação da Iurd termina em 2010.
Fonte: JC Online
Cruzeiro Evangélico
Em janeiro de 2009 ocorrerá o Cruzeiro Evangélico que proporcionará dias de descanso debaixo da palavra de Deus com muito lazer para as pessoas e suas família sem desviar do foco que é o evangelho.
Na 8ª edição do cruzeiro serão sete dias e seis noites com uma programação de puro lazer, cultos, devocionais, louvor e adoração. O navio conta com jaccuzzi, solarium, restaurantes, parede de escalada, fitness center, spa, teatro, lojas, salões de jantar com paredes, bares e salões temáticos de vidro, brincadeira para as crianças, ou seja, diversão garantida.
Contará também com o surpreendente Centrum, um átrio aberto com lojas e outras atrações, campo de minigolfe com 18 buracos, o solário com teto retrátil, piscina interna e ao ar livre, quatro hidromassagens, instalações para jovens Adventure Ocean.
Líderes evangélicos darão seu testemunho e palavras de fé em cultos dentro do navio. Pastor Jabes de Alencar, Ricardo Gondin e Dayan de Alencar já confirmaram sua presença para ministrações que abençoarão muito as férias, de todas as famílias e dos amigos.
Os participantes estarão a bordo do navio Splendour of The Seas, visitando Buzios, Cabo Frio, Paraty e Ilhabela. O navio conta com uma segurança de primeira linha.
O valor é acessível e você poderá escolher o melhor plano para sua viagem dentro de cinco categorias podendo ser pago em até 12 vezes.
Os preços variam de R$ 2,150 a 3,350. Uma oportunidade indispensável para suas férias, de familiares e amigos serem divertidas sem perder o foco que é adorar a Deus.
Para mais informações através:
www.cruzeiromaritimo.com.br
(11) 3255-5133contato@cruzeiroevangelico.com.brAvenida Paulista 2644 , São Paulo - Brasil - 01310-934
Por Ricardo Andrade
Friday, November 14, 2008
Gravação do Renascer Praise 15
Auditório lotado, platéia ansiosa e uma voz masculina em off anuncia: “Sejam bem-vindos à gravação do Renascer Praise 15″. Era 17h30 e a expectativa estava no olhar das pessoas que vieram de todas as partes da cidade para participar das gravações ao vivo. Orquestra posicionada, cantores alinhados, músicos a postos e dançarinos preparados para o grande show. Após o anúncio, que foi seguido por longo aplauso, surge no telão a figura da líder, bispa Sonia Hernandes, que comandaria mais uma vez o espetáculo, ensaiado exaustivamente durante semanas.Como sempre acontece, cada louvor vem precedido por ministrações que servem de elo entre a palavra e o louvor. Onde a palavra se junta com o cântico e, como um amálgama do Espírito, enchem os lábios da igreja reunida para adorar e celebrar. “Não tenho como expressar o que estou sentindo hoje aqui”, declarou Juliana Costa, 25, que participou pela primeira vez do evento, cantando no coral que teve 1.400 vozes.
Dentre os louvores que faz parte do 15º trabalho do Renascer Praise está “Milagre no Altar”, composição do pastor Oseias Carvalho, que se inspirou em uma ministração do Apóstolo Estevam Hernandes no culto Noite de Poder, que acontece todas as quartas-feiras na Renascer Sede. Para Oseias, quando se está em um ambiente de milagres não há como não cantar sobre o tema. “O milagre vive dentro de nós por estarmos em aliança com o altar”.
Músicas como “Sou apostólico”, cantada pelo Bispo José Bruno (Resgate) e pelo cantor Piu (Praise Machine), e “Debaixo dos meus pés”, de autoria da Bispa Sônia também levantaram a platéia que pulou, cantou e dançou. Louvores em ritmo de balada, como “Eu tenho aliança com Deus”, também composta pela Bispa Sônia e “Um adorador”, que tem letra do Apóstolo Estevam Hernandes e música da pastora Mônica Körber, da mesma forma agradaram aos participantes que acompanharam as letras pelo telão e cantaram junto com Renascer Praise.Com figurinos variados e afinada com as canções, a dança brilhou em todas as apresentações. Para marcar ainda mais o belo espetáculo, pela primeira vez o grupo introduziu coreografias com cadeirantes, deficientes auditivos, portadores de Síndrome de Down e mulheres da terceira idade. “No corpo de Cristo há lugar para todos, sem discriminação ou distinção, porque Deus dá talentos a cada um para servi-lo”, enfatizou o pastor John Bassi, líder da Dança Renascer. “A dança viveu um pouco do que é dançar com o Senhor nos céus, na eternidade… Foi muito sério e espiritual o que vivemos naquele altar com a Dança Apostólica, que está sendo resgatada com autoridade e unção”, concluiu.
Outro momento especial foi protagonizado pelo Apóstolo Estevam nas duas sessões, onde ministrou uma palavra sobre o Ano Apostólico de Ester, que tem sido o foco da Igreja Renascer em Cristo neste ano. “Cada um que está aqui era um escravo que, pela interferência do Rei Jesus, tornou-se livre, está reinando em vida e junto com o povo de Deus viverá alegria, felicidade e honra“. Ao lado da Bispa Sônia, elogiou o trabalho do grupo e finalizou abençoando todos que participaram das gravações e os que se envolveram com o evento.Confira o site http://www.renascerpraise.com.br/ e veja as fotos do evento.
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Wednesday, November 12, 2008
A evolução das notícias de Ciência e Técnologia nos jornais paulistas
Com base nisso, os meios de comunicação se vêem obrigados a passar a evolução satisfatória da C&T à população, que por sua vez busca informações a respeito desta crescente evolução.
Emissoras de televisão, rádio, revistas e jornais tomam esta posição e passam a adotar este meio, para manter a população atualizada sobre as novas descobertas de tratamento contra diversos tipos de doenças, a diminuição dos aparelhos (ex: celulares, que cada vez menores, mais portáteis e equipados), novos métodos de pesquisa para a descoberta da cura de diversas enfermidades, avanço tecnológico, como computação, internet, produtos e utensílios populares, também um forte avanço nos objetos de estudo mais precisos.
Com isso tudo, fora feita grande pesquisa nos anos:
- 1989;
- 1995;
- 1999;
- 2000.
Assim, pesquisa realizada aborda 5 meios de comunicação impresso:
- Folha de São Paulo;
- Gazeta Mercantil;
- Vale Paraibano;
- O Estado de São Paulo;
- Correio Popular.
Como vemos no gráfico, o crescimento é, com dados aproximados:
Em 1989
Correio Popular – 5%
O Estado de São Paulo – 3%
Gazeta Mercantil / Folha de São Paulo – 2%
Vale Paraibano – 1,5%
Em 1995
Gazeta Mercantil – 5%
Correio Popular – 4%
Folha de São Paulo – 1,7%
O Estado de São Paulo – 1,4%
Vale Paraibano – 1,1%
Em 1999
Correio Popular – 3,2%
O Estado de São Paulo – 1,5%
Folha de São Paulo – 1,1%
Gazeta Mercantil – 0,7%
Vale Paraibano – 0,5%
Em 2000
Correio Popular – 5,1%
Gazeta Mercantil – 2,9%
Vale Paraibano – 2%
Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo – 1,5%
Nossas conclusões
No geral, os jornais cresceram:
Correio Popular – 17,3%
Gazeta Mercantil – 10,6%
O Estado de São Paulo – 7,4%
Folha de São Paulo – 6,3%
Vale Paraibano – 5,1%
Com esses dados, é possível estabelecer algumas prováveis hipóteses por tais evoluções de alguns jornais e recuada de outros.
Como visto, essa pesquisa foi realizada entre os anos de 1989 e 2000, sendo que estamos no ano de 2008 e este quadro está atualmente alterado, tanto por evolução da ciência e tecnologia, aumento de interesse da população sobre tais noticiais e maiores vendas e percas de tiragens de jornais.
- Hipóteses
Em 1989, o Correio Popular, tenha visto grande importância nessa divulgação, passando assim a liderar o ranking, e os demais jornais tenham tido a mesma idéia, mas não com tanto sucesso.
Em todos esses anos, esta pesquisa, o Correio Popular aparece quase que “invicto” em todas elas, somente perdendo em 1995 para o Gazeta Mercantil, com isso, questões e afirmações poderão ser feitas, para determinar o crescimento deste e dos demais jornais sobre a divulgação de noticias C&T:
Correio Popular:
- As matérias deste jornal são melhores;
- A elite gostou, aprovou e incentivou essas matérias;
- A procura da população sobre esses assuntos, tenha aumentado, e com isso este jornal tenha visto grande oportunidade para investimento em material de qualidade;
- Os “donos do jornal”, talvez gostem de divulgar muito as noticias sobre C&T;
- A tiragem dos demais jornais podem ser inferiores;
- Linguagem fácil, melhor para a população;
- Sucesso de publico.
- Jornalistas e/ou editores capacitados nesses assuntos.
- Maior possibilidade de capital em investir em matérias sobre ciência e tecnologia.
Gazeta Mercantil, em 1995 cresce e ocupa o primeiro lugar, depois, recua e cai na posição:
- Em 1995, o jornal tenha dado ênfase a noticias de C&T pela grande procura da população;
- Em 1995, aumento de tiragens por conta dessas noticias;
- Anos seguintes, menos interesse em divulgar como era feito em 1995;
- Anos seguintes, desinteresse da população por preferir jornais que informem mais;
- Sendo o que mais oscila entre todos, ganhos e perdas financeiras;
- Maiores vendas em 1995 e piores vendas em 1999;
- Mudança no formato do jornal;
- Jornalistas e/ou editores antes não e agora capacitados para esses assuntos;
- Os “donos do jornal”, talvez gostem de divulgar noticias sobre C&T;
- As matérias deste jornal são melhores ou já foram ruins;
- Maior possibilidade de capital de investir em matérias sobre ciência e tecnologia.
Em 1989, o Estado de São Paulo, hoje, um dos maiores jornais, ficando em 2º lugar, acaba perdendo posição na próxima pesquisa, mesmo tendo pequeno crescimento em 1999, torna a baixar no ranking “dos mais” em 2000.
- Talvez a população não tenha tido acesso as noticias;
- Não tenha agradado a população;
- Tenha divulgado informações superficiais;
- Não tenha agradado a elite;
- As matérias dos seus concorrentes tenham sido melhores;
- Não tenha tido retorno financeiro agradável;
- Dê mais ênfase a outros tipos de noticias por vender mais;
-Os “donos do jornal”, não gostem de divulgar muito noticias sobre C&T;
- Sucesso de publico;
- Preferência em divulgar outros assuntos;
Folha de São Paulo, nunca conseguindo ao menos sair da 4º colocação, pode ser:
- Falta de criatividade nas matérias;
- Falta de informação;
- Noticias ruins ou boas porém, não a ponto de preferência popular;
- Edições ruins ou boas, mas não suficiente para agradar a população;
- Não houve lucro nos negócios, por isso não tendo investimento neste assunto;
- Marketing ruim;
- A preocupação com outras noticias são prioridade;
- Em 1999, queda na divulgação, talvez pela falta de procura da população;
- Em 2000, pequeno crescimento, melhores edições, melhores matérias, mais procuras;
- Mesmo com grandes tiragens, a população não gosta do conteúdo;
- Baixas tiragens, não incentivando a divulgação de C&T;
- Falta de jornalistas profissionalizados na área.
Vale Paraibano, sendo o pior entre todos, ficando com 5,1% no geral, pode ser:
- Falta de criatividade;
- Falta de procura pela população;
- Em 1999, perca de publico;
- Em 2000, melhores reportagens;
- Em 2000, mais procuras, assim como houve em outros jornais;
- Pouco interesse pela presidência do jornal, por poucos leitores;
- Mesmo com grandes tiragens, a população não gosta do conteúdo.
- Sem interesse dos donos do jornal em divulgar estas informações.
- Falta de jornalistas profissionalizados na área.
- Noticias ruins ou boas mas, não a ponto de preferência popular;
- Reportagens / edições / jornalistas / administração ruins em assuntos de ciência e tecnologia.
Com todos eles, podem ter regiões que as informações sobre a ciência e tecnologia careçam mais, e outras em que é mais abrangente.
O publico alvo de todos eles, podem ser diferentes, assim alguns tendo abundantes crescimentos sobre C&T e outros já nem tanto.
Entre essas afirmações e ao mesmo tempo questionamento, outras dezenas poderiam ser criadas com base nesses números.
No geral, vemos que essas hipóteses podem de fato não ser realidade, contudo, são base de analise para que possamos entender tais jornais e suas oscilações. Mas também podem proceder algumas hipóteses, que somente por uma grande analise e pesquisa poderá ser respondida e compreendida.
Tuesday, November 04, 2008
Dicas para ser um bom jornalista investigativo
Isso evita frustrações, possíveis desentendimentos com a liderança e maiores constrangimentos que sem duvidas podem ser evitados.
02. Quando o repórter iniciar seu trabalho, é de muita importância que sejam avaliados todos os riscos possíveis e ter a retaguarda jurídica para garantir ao profissional o exercício tranqüilo e satisfatório de sua função.
03. As reportagens devem ser realizadas com todos os cuidados para se evitar contestações, seja por meio de cartas, de desmentidos oficiais ou em ações de indenização e processos criminais.
04. Os processos contra jornalistas podem ser usados para abortar o tratamento de casos rumorosos pela imprensa ou para tentar desqualificar o profissional.
05. Algumas ações feitas contras empresas jornalísticas tem um grande custo, antes mesmo de propriamente dito a indenização. No dia a dia estes processos fazem com que o jornalista faça uma eventual apuração, reportagem que não será publicada.
Se os cuidados preliminares não forem tomados, haverá desconforto na busca de provas que deveriam ter sido inicialmente buscadas antes mesmo da publicação.
06. Muitas vezes a imprensa "compra" a suposição de que as provas de um crime estão evidentes ou "vende" ao leitor a idéia de que essa comprovação virá na edição seguinte. São comuns as reportagens a partir de simples depoimentos, sem a existência de provas, acenando com a perspectiva de que elas virão tão logo seja quebrado o sigilo dos suspeitos.
Investigações preliminares tratadas como condenações públicas definitivas ajudam a alimentar a indústria das indenizações. Uma vez livres de inquéritos mal-instruídos, ou beneficiados por sentenças contraditórias, restará aos acusados "limpar o nome na praça" com ações de danos morais contra os jornalistas.
07. Ao tomar conhecimento de algum fato que mereça investigação, o jornalista deve procurar, antes de sair a campo, levantar todas as informações possíveis sobre o fato. Deve saber os eventuais interesses de quem está sugerindo a reportagem e avaliar se há interesse público no que será investigado. É importante saber a quem a reportagem prejudicará e quem será beneficiado com a divulgação dos fatos.
08. O repórter deve manter saudável distanciamento das fontes. Mesmo que os interesses sejam legítimos, a fonte original não deve exercer influência no processo de apuração e nas conclusões da reportagem. O jornalista não pode depender de uma única fonte. Mesmo confiando plenamente no seu informante, é saudável ouvir a opinião de outras pessoas de confiança. Se possível, obter avaliação neutra sem citar as partes envolvidas.
09. As denúncias devem ser tratadas como material preliminar para a investigação jornalística. Declarações, mesmo gravadas, podem ter efeito limitado. Uma afirmação feita ao jornalista pode não ser sustentada, depois, diante do delegado de um inquérito. Uma afirmação no inquérito pode ser refeita ou negada perante o juiz.
10. É recomendável pesquisar em outras publicações sobre os personagens centrais. Os casos apurados geralmente têm ramificações. Se for uma disputa judicial, é preciso conferir se há processos relacionados ao caso que não tenham sido informados ao jornalista.
11. É possível que chegue às mãos do repórter apenas uma peça de uma disputa mais ampla. Por isso, deve sempre ser feito um levantamento prévio de todos os envolvidos, consultando-se outros casos em que atuam os advogados das partes. Essa é uma forma de encontrar novas fontes, novos caminhos para uma matéria cuja apuração às vezes não avança.
13. Antes de começar uma entrevista, deve-se deixar bem claro o objetivo da reportagem. O entrevistado deve ter o tempo que for preciso para pensar, para voltar atrás, refazer suas respostas. É um direito seu.
14. Sempre se deve terminar uma entrevista perguntando ao entrevistado se ele gostaria de acrescentar alguma coisa que não tenha sido questionada pelo repórter.
15. Deve-se pedir ao entrevistado que diga claramente qual o ponto que considera mais importante a ser ressaltado ou a afirmação que julgue mais relevante. É a opinião dele que deve prevalecer.
16. O jornalista deve guardar as fitas de gravações e sempre pedir permissão para gravar. A recusa à gravação pode ser um indicador da firmeza, ou não, de sua fonte ou de seu entrevistado. Costumo perguntar se a fonte ou o entrevistado sustentaria em juízo a informação ou opinião que me está passando. A reação ajudará a sopesar os fatos.
17. O repórter deve prestar muita atenção às datas. As contradições às vezes surgem na análise de detalhes. Recomenda-se ler e reler o material levantado, mesmo depois de publicada a primeira reportagem.
18. É importante trabalhar de forma organizada, registrando horário e datas de telefonemas e entrevistas. Considerando a possibilidade de processos futuros, é essencial poder comprovar as várias iniciativas tomadas para ouvir a parte contrária antes da publicação da reportagem.
19. As melhores reportagens são as mais equilibradas. A não ser nos casos em que essa prática impeça a apuração, quanto mais cedo o jornalista procurar o "outro lado", mais amplo será o contraditório. Se a reportagem é relevante e exclusiva, o repórter deve permitir à parte acusada tempo suficiente para levantar informações, documentos. Esse cuidado servirá também para mostrar que o jornalista agiu de boa fé, dado essencial se houver um processo.
20. Se não conseguir ouvir a parte contrária, o jornalista deve procurar os advogados dos acusados. Se não tiver êxito, é prudente procurar manifestações anteriores em favor dos acusados ou a opinião de amigos dos acusados.
21. Ao redigir o texto, não se deve fazer acusações. É importante consultar especialistas, que poderão emitir pareceres. Deve ser pedida avaliação a mais de um profissional. É conveniente evitar adjetivos.
22. O repórter só deve escrever quando tiver total conhecimento sobre os fatos a serem reportados. Havendo dúvidas, deverá voltar a consultar as fontes.
24. Uma segunda leitura, feita por um colega da redação, sempre pode ajudar o repórter a tornar o texto mais claro e a eliminar duplas interpretações.
25. O repórter deve ajudar o seu editor, entregando o texto com sugestões de títulos, subtítulos e legendas de fotos. Muitas vezes os processos são movidos por causa de pequenos descuidos em títulos, artes ou em quadros explicativos.
26. O jornalista deve procurar ouvir a parte atingida tão logo a reportagem seja publicada. Além de demonstração de zelo, boa-fé e disposição para retificações, essa iniciativa pode manter a exclusividade na retomada do assunto. Se os procedimentos foram corretos na fase anterior, o acusado vai preferir que a sua versão esteja no dia seguinte na mesma publicação.
27. Deve-se sempre manter a isenção, deixar claro que o trabalho é impessoal. Quanto mais espaço para garantir o contraditório, menor a possibilidade de a reportagem vir a ser interpretada como perseguição.
28. Finalmente, deve-se estabelecer como meta realizar reportagens tão bem apuradas e equilibradas que desestimulem desmentidos, no dia seguinte, ou ações judiciais no futuro. Se, depois desses cuidados todos, ficar comprovado o erro, o jornalista deve admitir o fato com naturalidade e honestidade e assumir sua responsabilidade.
Dicas extraidas do livro "Anatomia da Reportagem" do jornalista Frederico Vasconcelos
Monday, November 03, 2008
Sustentabilidade empresarial da agricultura

O Estado em relação sustentabílidade empresarial da agricultura no Brasil, levantou uma série de impactos ambientais que são causados com a lucratividade da exploração da terra; destruição de florestas, erosão dos solos, contaminação dos alimentos, concentração de terras e riquezas e intensos fluxos migratórios para os centros urbanos.
São milhares de hectares utilizados para produzirem alimentos que são distribuídos em centenas de feiras e comércios espalhados pela cidade de São Paulo. A Ceagesp principal fornecedora de alimentos em São Paulo já chegou a impedir que 9,8 mil toneladas de produtos e fibras fossem para o lixo. Uma ação que entre outras diminuem o acumulo de lixo.
Estima-se que existem no mundo mais de 800 milhões de pessoas subnutridas. Estudos da ONU revelam que aproximadamente 25 mil pessoas morrem por dia vítimas de desnutrição. No entanto, a produção mundial de alimentos daria para alcançar a população global se o alimento desperdiçado fosse usado para alimentar essas pessoas.
O problema começa da lavoura e vai até a casa da população. A taxa de desperdício soma-se a mau aproveitamento do alimento, por exemplo, pela dona de casa. Das 83 milhões de toneladas de grãos produzidas anualmente, algo entre 10% e 30% se perdem no caminho entre a lavoura e o consumidor final.
O prejuízo que o desperdício de alimentos representa para o país e para o meio ambiente é causado pela falta de estrutura e de incentivos para a agricultura. Que gera perda de 14 milhões de toneladas de alimentos por ano - ou pela falta de informação do consumidor, que joga fora 20% dos alimentos com alto teor nutritivo, que poderiam ser aproveitados.
A Ceagesp vem orientando os agricultores para o embalamento adequado dos produtos. Hoje, 96% dos produtos comercializados no Ceasa estão em embalagens que atendem às exigências da lei. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo criaram o Programa Paulista para Melhoria dos Padrões Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros.
O Brasil não está na lista dos países mais preocupados com o desperdício, mas é campeão na reciclagem de papelão e de latas de alumínio. Das latas produzidas no Brasil, 73% são recicladas. No caso do papelão, a reciclagem é de 72%. Mas o país recicla pouco outros materiais: 21% de plástico e 38% de vidro e papel.
O país só é líder na reciclagem nesses dois produtos por necessidade e não por consciência. São mais de 300 mil catadores vivendo da reciclagem. A população pode fazer sua parte nesse problema que é mundial. Incentivar à reciclagem e evitar o desperdício podem ser uma das atitudes que somadas a outras poderão evitar a nossa extinção do planeta Terra.
Monday, October 13, 2008
ZORRA TOTAL - REDE GLOBO
A sociedade de massa, hoje transformada em sociedade de consumo, está cada vez sendo mais bombardeada por programas humorísticos, que não trazem sequer algum beneficio, usando de seus métodos de exploração visual, o capitalismo facilitado e exagerado pelos grandes meios de comunicação de massa.
À exemplo, temos programas que utilizam de assuntos importantes, cotidianos, religiosos, preconceitos contra negros, pobres e homossexuais, problemas sociais, financeiros. Isso tudo se resume em um programado intitulado “Zorra Total”.
Um programa em forma de consumismo televisivo. Visto com “grande importância, vital”, que aparenta felicidade, prazer, mas que logo se torna supérfluo. Isso porque a população enxerga grande necessidade de assistir tal programa, rir um pouco dos problemas sociais transformados em “humor” e no dia seguinte espalhar por todos os cantos os bordões que ficam na cabeça até mesmo de quem não assiste tal programa.
Zorra Total existe desde 1999, são 9 anos no ar, deixando a Rede Globo em primeiro lugar na faixa das 22:00 horas até as 23hrs. Um programa que não é eterno, não existe alguma programação que seja perene, tão pouco emissoras. Essas empresas acompanham o desenvolvimento da sociedade, e com os anos, surgem novos concorrentes, novas tecnologias e novos empreendimentos, que as fazem perder dinheiro, posteriormente podendo ocorrer uma inevitável falência.
Este, assim como qualquer outro programa televisivo induz o expectador ao consumismo, as compras de produtos com comerciais de cervejas, carros, motos, turismo, roupas, calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos etc. Muitas vezes marcadas pelo fetichismo da mercadoria, com a fantasia do consumo, exemplo: - “Olha só Maria, esse anel que eu comprei hoje, é o mesmo que a atriz do bordão “To paganu” do Zorra Total, e você vai ficar de fora dessa?” ou “Nossa, lançaram o novo celular que capta imagens até da lua, vi isso no comercial de tv, vou comprar logo o meu para ficar antenado e atualizado”. Hoje esse celular pode custar mais de mil reais, porém mês que vem terá um que capta imagens de Marte, e este da Lua valerá muito menos e será considerado descartável.
Produtos que tinham um valor “x” e após ser apresentado no programa tem o seu “x” elevado, ou seja, é uma supervalorização de um produto que por apenas ser usado pela atriz, tem seu preço acima do que era antes, divulgado mesmo que inconscientemente pela população dá audiência ao programa. Assim funciona com as roupas, calçados, móveis, tintas de parede, maquiagens, e os já mencionados propagandas comerciais no intervalo.
Criando uma nova necessidade, desejos e impulsos emocionais, que impulsionam o consumo. E no dia seguinte certamente a dona de casa, a adolescente, o jovem, irá ao shopping center atrás do produto em que ficou encantado ao ver no comercial de tv, ou dentro do programa.
Deixando de lado a forma de consumo, existe a linguagem, abordagem e modo de ser feito o programa Zorra Total.
Visto por uma população que facilmente decora bordões e logo esquecem quadros antigos, extintos já pela falta de audiência, o povo até acaba esquecendo daquilo que já foi apresentado como quadro dentro deste programa.
Os problemas sociais são a temática do programa, abordando de forma explicita e colocando em “cheque” a inteligência da população com diversos assuntos, distribuídos em vários quadros, em média oito por sábado.
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Os quadros – análise crítica
A população brasileira está acostumada a perder uma hora semanal frente à televisão assistindo da mais baixa qualidade televisiva em “humor”. O que deixa de ser cômico e passa a se tornar o extremo do ridículo.
O programa Zorra Total usa uma linguagem popular que agrega valores (errôneos) a uma sociedade que está vulnerável a receber informações bombardeadas pela grande manipuladora “Rede Globo”.
Os quadros deste programa, desde sua primeira exibição, sempre foi de acordo às idéias da família Marinho, visando o lucro exacerbado e a fácil aceitação de um programa que gasta milhões em cenários e cachês. Excluso fica a preocupação com a qualidade do programa e a mensagem satisfatória a ser passado a milhões de espectadores.
Muitos quadros já foram criados e saíram do ar, exibindo de forma extravagante os problemas sociais, pessoais, sexuais e sentimentais da população em forma de “comédia”.
Quadros como: Extinto “Márcia”, a mulher que trai o marido e inventa a cada semana uma desculpa esfarrapada para driblar a desconfiança do marido, usando o bordão: “Chupa essa manga”, “Vapu” e “Vuco-vuco”.
Tratava-se de um quadro que a princípio era de curta duração, com cenários mais baratos, passando a ser um dos principais destaques do programa, tendo dias que chegasse a uma exibição de oito minutos e com um cenário e figurinos caríssimos.
Neste quadro há presença de assuntos que remetam a população ao erro do adultério e a fácil manipulação do marido/esposa.
O quadro de Severino (aquele porteiro do bordão: “cara, crachá, cara, crachá”) incorporava em seu personagem algo que desmerecesse aos homossexuais, tarjando as pessoas de “isso é uma bichona”.
Hoje, o mesmo ator incorpora um lobisomem (gay) que dá em cima dos “bonitões” do próprio quadro. Isto pode ser uma “maquiagem” após protestos da organização GLSBT mandar à Rede Globo a insatisfação com o quadro de “Severino” ao tarjar as pessoas de “bichona”. Passando a imagem de Severino o preconceituoso, para o não-preconceituoso.
Os quadros deste programa, após a apresentação de um “ato cômico” imediatamente se introduz as risadas comerciais, “os risos plastificados”. Técnica usada por outros programas humorísticos para induzir o telespectador ao riso, muitas emissoras americanas utilizam deste método “eficaz”. Zorra Total sem esta técnica seria difícil arrancar risos de alguém.
O programa se preocupa em prender a atenção das pessoas, plagiando programas como, com extrema falta de criatividade, por exemplo, o extinto “Glub-glub” da TV Cultura (os peixinhos que conversavam e apresentavam desenhos infantis). O programa da Globo com pequenas esquetes durante o programa, mostra a falta de criatividade e diálogo com textos pobres.
O extinto quadro da “Gislaine”, a mulher que ensina a ser pobre”, induz o espectador a ter preconceito com pessoas de renda baixa, ao afirmar que “pobre é sujo”, que pobres são uma massa desenfreada de má educação, etiqueta, moral, respeito, dignidade, inteligência e honestidade.
Com o bordão: “Isso não te pertence mais”, ele remetia que o pobre deve se conformar com o que tem e viver de acordo com os seus problemas sociais e econômicos.
O problema maior é que a principal classe rentável a assistir este programa e dar “altas gargalhadas”, são os considerados classe-média e média baixa. São eles rindo de uma sátira feita deles mesmos. São cerca de 1,6 milhões de televisores sintonizados.
O que ajuda a manter o programa em alta, a grande audiência e o 1º lugar no Ibope, está nos bordões. Desse tipo tem o já mencionado “Isso não te pertence mais”, como exemplo eu posso muito bem ir ao meu local de trabalho, dizer esta palavra às pessoas que nunca ouviram, arrancar risos dos companheiros e estes vão para suas casas assistir ao programa por curiosidade e “propaganda maquiada”.
Patrik, o gay não assumido que da uma de machão e diz ter namorada, dá um coro em todos os “maus” no programa e é totalmente vaiado pelos companheiros. “Olha a faca” é seu bordão.
Com este quadro, fica mais uma vez provado que o Zorra Total é um programa preconceituoso, onde fica expresso a total desaprovação de algum homossexual pela sociedade “visão do programa”, aonde sempre mencionado algum gay em qualquer quadro que seja, sempre será o ser humano inferior ao heterossexual.
Várias esquetes apresentadas, representam a falta de respeito de políticos e decorrentes roubos, usando personagens que ridicularizam a política nacional, sempre se referindo ao político como um ser corrupto, dotado de planos para sempre se dar bem ou trair a esposa com alguma “loira gostosa”.
No quadro“Lady Kate” (ex-mulher de programa), fica explícito o preconceito, que se tornou rica, mas não perdeu o costume de ser burra.
Isso reforça a idéia equivocada de que todas as loiras são burras, não interessa o grau de escolaridade, nem o quanto de dinheiro ela possa ter na conta bancária, pois sempre será a mais burra entre as mulheres, e o que a faz ser diferente satisfatoriamente das demais é em ser gostosa. E essa personagem o faz muito bem, ela usa o bordão: “Ta bom, ta bom, ta bom, ta bom” e “To paganu mesmo”.
Zorra Total para atrair a boa audiência sempre exibe corpos sarados, homens bonitos e mulheres turbinadas. Toca a musica do momento (sucesso no RJ e em SP) como o funk, por exemplo, e coloca uma mulher com roupas mínimas para dançar e interagir com o elenco, rebolando e mostrando suas curvas corporais.
O que se pode notar sobre este programa é o fato de que sempre quando existir algo que está na cabeça da população “funk, por exemplo” será passado dentro de algum quadro.
Um fato interessante sobre a duração do programa é o modo como é feito e a edição. O primeiro bloco tem incríveis trinta minutos de apresentação, que são o suficiente para prender a atenção da população, ainda mais com comerciais de curta duração.
No inicio apresenta-se alguns quadros principais, no meio alguns mais francos e antes de ir aos comerciais se anuncia o que virá após “quadros bons”, que com certeza prenderá mais a atenção e dificilmente a pessoa mudará de canal.
No decorrer do programa, os blocos ficam menores, chegando o ultimo às vezes a ter duração de apenas dois minutos. Isso é pura tática de abordagem da população, maneira mais fácil e eficaz de prender a atenção, trazendo sempre uma pessoa famosa do momento, como a Viviane Araújo, Narcisa Tamborindeguy etc.
O programa já foi re-classificado e hoje não é aconselhável para menores de 14 anos. Um programa que antes era considerado familiar, aonde aos sábados à noite a família se reúne (pai, mãe e filhos) para lazer frente à televisão, hoje são obrigados a deixar entrar em suas casas uma linguagem pobre, preconceituosa e sexual.
Poderia existir uma readaptação nos textos do Zorra Total, mas não existe interesse de mudança sendo que a atração prende a atenção e dá um lucro muito grande para as organizações Globo. Poderiam fazer a utilização de humor rico, da graça feita antigamente, sem exploração sexual, social, político e religioso.
Outra loira, quadro este da mulher pelada atrás o cercado, onde o “Nerso da Capitinga” faz de tudo para que ela saia de trás nua e ele entre em “colapso de sexual”, usa-se uma linguagem que induz o espectador à pensar que todos os caipiras são burros, onde o Nerso sempre tem idéias absurdas de como tirar a loira de trás do cercado e reforçar a idéia que a loira é burra, que e o interesse nelas seria somente a “perfeição das curvas de seu corpo”.
A Drª. Lorca, aquela do bordão: “Isso pode, isso não pode”. Este quadro recebeu recentemente do conselho de nutricionistas uma carta de repúdio referente as dietas erradas que ela passa ao seus clientes. Induzindo ao erro, a quem precisa emagrecer dietas para engordar e ter uma saúde ruim e a quem está bem, fazer de tudo para ficar mal.
O erro, a burrice, os problemas sociais, a falta de educação, a falta de saúde, parece atrair a atenção da população que torce atrás do televisor para que algum personagem se de mal. O que mantém no ar este tipo de programa são os patrocinadores que vêem grande investimento, pois quanto maior a população assistindo, maior a propaganda, maior o retorno. Isso é uma espécie de circulo vicioso.
O que parece segurar a audiência é a fácil linguagem, fácil diálogo, sendo compreendido desde o morro do Rio de Janeiro as periferias de São Paulo. Talvez a falta de opção nas noites de sábado, ou por estar na boca do povo, tal programa continua fazendo sucesso. O prazer em ver a desgraça alheia, poder rir dos seus próprios problemas “camuflados” ou momento de distração, o brasileiro continua dando créditos ao Zorra Total.
Poderia existir uma pesquisa séria em que perguntasse a população qual o grau de satisfação com tal tipo de programa e pedir a opinião de modo geral como melhora-lo, e o que eles gostariam de ver em suas casas as noites de sábados.
Se a opinião partir da população, não vejo o porquê a audiência cair, pois os programas são feitos para a população, e de regra deveria ser feito o que o povo gostaria de ver em suas casas.
Com tudo isso, ressalto que existe o livre arbítrio para o espectador, o “poder” de escolher a programação que possa entrar na casa. Aos sábados, livres ficam aqueles que possuem tv à cabo, não tendo a necessidade de deixar entrar o Zorra Total em seus lares, mas a quem fica a limitação da tv aberta, fica a escolha entre deixar o televisor sintonizado neste programa ou simplesmente desligar o televisor e ler um bom livro.
TEXTO: Ricardo Andrade
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